domingo, 15 de janeiro de 2012

A contradição, a mudança e a diferença.

Em minhas fraquezas descobri minhas forças, foram nas horas aonde eu mais sofri que eu mais aprendi, com o coração no chão pisado, sofrido e gritando que eu aprendi a amar.
Foi na morte de pessoas conhecidas que eu comecei a valorizar um pouco mais a minha vida e a aproveitar cada momento que tenho ao lado dos meus, afinal ninguém sabe o dia de amanhã.
Quando o telefone não tocava, quando ninguém me chamava eu aprendi a beleza de ficar sozinha, pensando apenas.
Nas horas de loucura, eu aprendi a me soltar e não ter a vergonha de cantar, gritar e sorrir, aliás, isso é a melhor coisa que tem.
Foram nos dias que passaram voando que eu aprendi que o tempo que temos é curto e devemos fazer tudo aquilo que sentimentos em nosso coração, não deixar pra depois.
Ouvindo o som do mar, da chuva, dos pássaros, dos instrumentos musicais, eu aprendi a decifrar seus mistérios, por trás de cada tom, de cada som existe algo pra se conhecer.
Reparei nos pequenos detalhes, como o azul do céu, a gota fina da chuva, o brilho das estrelas, foi quando eu vi que todo dia essas coisas se transformam que nada é igual todos os dias, mais nem por isso um dia é pior que o outro, nem por isso.
Eu decidi olhar as coisas de outra forma, decidi apreciar a beleza da contradição, a beleza da diferença e a beleza da mudança, são coisas raras e devem ser apreciadas como uma criança saboreando seu algodão doce, lambendo os dedos pra não perder o gosto, pra não perder a delicia.
Minha oração de cada dia, não ser positivamente enjoativa, nem pessimista, mais ver sim até em coisas tristes uma lição pra vida, ver em cada ser humano o oposto que nos torna iguais, compartilhar, acrescentar, um sorriso, um olhar, um amor, ver os detalhes da natureza, da beleza humana, sentir cada som, abrir o coração, gritar, sangrar e chorar, e aceitar a contradição, a mudança e a diferença, é isso que nos torna humanos, superar as dificuldades da vida e aproveitar tudo que vivemos, porque nada mais lindo do que uma fotografia viva e em movimento dessa nossa vida, que possamos permitir o toque, a percepção e o conhecimento de nós mesmos e da vida, a cada dia.

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